"Viver é afinar o instrumento
De dentro pra fora
De fora pra dentro..."
E o luthier com ouvidos precisos e mãos cuidadosas é esse ancião de memórias eternas, intra uterinas, pré umbrais...
Nosso corpo é o invólucro sagrado que mantém a fina camada de proteção, precisamente necessária para que nossos nervos possam captar e transmitir toda gama de acontecimentos que nos tocam. Por vezes delicadamente, como uma dança suave ao pôr do sol de uma tarde dourada... Outras vezes abruptamente, não deixando sequer tempo de acertarmos o passo, nos piruetando pra dentro de um vórtice complexo de respostas interrompidas...
Nosso cérebro pensa, sente e se emociona. Tudo ao mesmo tempo. O tempo todo. E lembra de maneiras equívocas o que consideramos óbvio. É sua função: discernir, manter ou excluir o que serve ao nosso servir.
Sim, nossa memória narrativa é falha. Mas a memória somática é fiel. O corpo lembra de tudo, desde sempre, e reproduz em forma de reações o quanto dessas memórias foram integradas. Ou não.
Aquilo que não é sentido não pode ser processado. E para sentir, precisamos do encontro.
Quer ajuda pra sentir? Vamos nos encontrar.
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MARIANA FRANÇA
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